Uma matéria, produzida pela página Pioneiro Economia, da Gaúcha ZH, apresenta que, devido às situações impostas pela pandemia, o consumidor foi obrigado a se adaptar às novas formas de realizar suas compras e vendas, pois, mais do que nunca, contaram com as tecnologias para que tais transações fossem possíveis. Devido à pandemia, ficou muito mais comum solicitar serviços de tele-entrega ou pague e leve.

“Nesse momento de pandemia, o novo consumidor é muito mais digital do que antes. Com a necessidade de ficar em casa, e evitando ir às lojas, as pessoas passaram a fazer compras online em maior número. Gerou a necessidade de adaptação, não só por parte do consumidor, mas por parte do fornecedor. Nem as empresas, nem os consumidores estavam preparados para esse momento, ainda mais da forma drástica como foi”, analisa Lucas Fuhr, diretor-executivo do Procon RS, em entrevista ao Pioneiro Economia.

Segundo revelado na matéria, quando o consumidor migrou para o meio digital, ele trouxe consigo uma característica nova: a cautela. Isso porque, com a pandemia, foi necessário eleger o que é prioridade, diante de um cenário de tantas incertezas. Devido a isso, o consumidor passou a se planejar melhor para realizar suas compras, reduzindo dessa forma as compras por impulso.

Consumidor mais exigente

“O que acontece para as empresas? Ficou mais difícil vender. Para vender, vai ter que ter muito mais esforço do que se tinha antes, porque em muitos casos os produtos eram simplesmente comprados. Não existia um esforço de venda. Tinha um consumidor que tinha vontade de adquirir aquele produto, o produto estava ali exposto e ele comprava. Agora não”, descreve Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio-RS, em entrevista ao Pioneiro Economia.

Patrícia explica, ainda, que, “principalmente, nesse ambiente de loja fechada você tem que ter muito mais força de venda do que tinha antes, porque você não tem uma coisa que é o cenário de vendas, e a disposição do produto para provocar sensações nos indivíduos. Existe um esforço maior e muitas empresas, infelizmente, não estão preparadas para isso”, destaca a economista. 

Porém, conforme levantado pelo Portal Pioneiro, com o aumento das compras online, também cresceu o número de reclamações no Procon, por parte dos consumidores. O portal trouxe um levantamento que aponta que o aumento de reclamações foi de 26%. A maior parte das reclamações são referentes ao atraso das entregas, envio errado de produto e o não recebimento da compra.

Lucas Fuhr também recomenda prestar mais atenção em suas compras online, a fim de evitar golpes eletrônicos. O diretor-executivo recomenda fazer compras em sites confiáveis, e que o cliente mantenha contato apenas através de canais oficiais do site e evite conversas privadas via WhatApp com o fornecedor.

Fonte: Portal Pioneiro Economia