#tecnologia
Em análise, profissionais da área avaliam quais serão os desafios a serem ultrapassados pelas agências e clientes em um ano que ainda carrega as inseguranças de 2020
Mesmo com o início da imunização no mundo todo, ainda não conseguimos prever quais serão as rotas que nortearão os próximos meses. Como mecanismo de defesa, no entanto, as agências estão se esforçando para entender quais serão as principais dificuldades que enfrentarão – e que seus clientes também deverão solucionar.
Para Renata Bokel, CSO da WMcCann, o maior desafio continua sendo a adaptação ao dia a dia de um mundo em transformação, como explica em entrevista ao site Meio & Mensagem. "A pandemia atuou como um acelerador, levando as marcas a encontrar novas maneiras de entreter, educar, servir, ajudar e vender. A grande dificuldade vai ser entender de maneira eficaz e rápida todas essas mudanças e ajudar os nossos clientes a serem cada vez mais relevantes", diz. De acordo com Eduardo Simon, CEO da DPZ&T, a publicidade precisa unir entretenimento e performance, sem deixar de lado a eficiência de atrair consumidores. "O grande desafio, portanto, é construir relevância antes de vender e, para isso, as marcas precisam aprender a entreter", avalia.
Segundo Thais Frazão, head of brand strategy da Ogilvy, 2021 é um ano em que todos viverão em um compasso de espera, que deve aumentar a ansiedade, e cobrar das marcas uma atuação mais comprometida com as pessoas e com sua responsabilidade social. Félix del Valle é chief creative officer da mesma empresa de Thais e pensa que, neste ano, a criatividade seguirá extremamente importante e que, com os aprendizados de 2020, os publicitários poderão seguir 2021 entendendo melhor o esquema de trabalho imposto pela pandemia. "Aprendemos novas maneiras de continuar produzindo com relevância, nos adaptamos a protocolos, mas, ao mesmo tempo, ainda vivemos em um cenário de incertezas, sem saber quando o estado mais crítico vai passar", expressa.
Filipe Bartholomeu, sócio e CEO da AmpapBBDO, comenta que, ao seu ver, o ano passado mostrou novos valores, atitudes e processos, além de trazer mais clareza sobre o que é necessário carregar daqui para frente. "Mas quero crer que teremos pela frente um ano de colheita em torno do que plantamos em 2020, depois de testar tão arduamente a nossa cultura e provar uma capacidade de invenção nunca vista", conclui.
Fonte: Meio & Mensagem